Eu já havia me emocionado com a performance de Sarah Kay e Phil Kaye para ‘When Love Arrives‘ quando a versão em português de Rayssa Bratillieri e Anthony Garcia me levou aos prantos. Pode ter sido a familiaridade maior com o idioma nativo. Mas certamente a fragilidade do segundo momento contou pontos — eu tinha acabado de ser devida e dolorosamente desligado da empresa à qual me dedicava havia três anos.
É um poema sobre o amor. Mas, noutro plano metafórico, enfatiza a finitude dos ciclos. Neste sentido, talvez acrescente pouco ao que Tom Jobim e Vinicius de Moraes oferecem com ‘A Felicidade‘, ou mesmo ao que Lulu Santos nos presenteia com ‘Como Uma Onda‘. Estão lá: a tristeza como um alicerce resistente; a felicidade como um frágil telhado de vidro que se despedaça à primeira pedrada; e a vida como uma sequência de ondas que vêm e vão. Mas Kay e Kaye — falando assim, pareço íntimo, mas nada sei deles além do que o ChatGPT me explicou há pouco — vão além, e propõem uma resposta às tais adversidades. No caso, a gratidão pelos bons momentos que as antecedem.
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